A dor neuropática é uma forma de dor crônica que ocorre quando há danos ou doença nas estruturas nervosas, como o cérebro, a medula espinhal ou os nervos periféricos.
A dor neuropática pode ser causada por uma variedade de condições, incluindo lesão na medula espinhal, neuropatia diabética, esclerose múltipla e doenças neurodegenerativas como o mal de Parkinson.
Esse tipo de dor pode ser difícil de tratar, pois os medicamentos tradicionais para dor, como os analgésicos, nem sempre são eficazes. Com isso, a dor neuropática também pode afetar a qualidade do sono e levar à fadiga e ansiedade.
A dor crônica é uma condição médica complexa que persiste por um longo período de tempo e pode ser debilitante para os pacientes que a vivenciam. Os critérios para caracterizar uma dor crônica incluem:
A dor neuropática e a dor crônica podem ser devastadoras na vida de qualquer pessoa. Diferente da dor de quando nos machucamos, ela é silenciosa e faz o paciente sofrer sem conseguir demonstrar sua lesão.
Muitas vezes o paciente ouve... "Mas ele nem tem cara de dor, será que está falando a verdade?"
Você já deve ter notado que exista uma falta de experiência dos médicos e demais profissionais de saúde atualmente para identificar um quadro de dor grave refratária nos pacientes.
O primeiro passo é entender se o paciente apresenta uma dor neuropática ou crônica. Veja abaixo os sintomas da dor neuropática.
1) Choques
2) Queimação
3) Formigamentos
4) Sensação de inchaço
5) Dormência
6) Dor ao toque
7) Alteração da cor do braço e pernas
8) Depressão e melancolia
Os tratamentos para dor neuropática variam desde o uso de medicamento até procedimentos cirúrgicos sendo eles:
É um dispositivo colocado próximo ao nervos que causam sua dor. Esse dispositivo emite uma pequena energia que serve para "abafar" o sinal doloroso. Imagine uma criança brincando no parquinho. Quando ela cai e machuca seu braço no balanço, sua mãe vem e faz massagem ao redor de onde ela bateu. O eletrodo funciona de uma forma semelhante. O dispositivo serve para "enganar" as dores que lhe incomodam.
A estimulação nervosa é uma técnica utilizada para aliviar a dor em pacientes que sofrem de dor crônica. Existem três tipos principais de eletrodos para estimulação nervosa, cada um com uma abordagem diferente. Vamos explicar de maneira simples quais são eles:
Estimulação medular (SCS): Nesse tipo de tratamento, um eletrodo é implantado ao longo da medula espinhal. O eletrodo emite impulsos elétricos que bloqueiam ou alteram os sinais de dor que viajam através da medula espinhal, ajudando a diminuir a percepção da dor. A SCS é uma opção de tratamento para pacientes com dor crônica em várias áreas do corpo, como dor nas pernas, pés, coxas, quadris (ou seja, sem uma dor em um determinado ponto específico). Veja na figura acima que a placa do eletrodo pega todos os nervos que passam próximo a ela.
Estimulação do gânglio da raiz dorsal (DRG): Nessa abordagem, o eletrodo é implantado próximo aos gânglios da raiz dorsal, que são aglomerados de células nervosas localizados fora da medula espinhal. Essas células nervosas são responsáveis pela transmissão de sinais de dor para o cérebro. Ao estimular o DRG, o dispositivo ajuda a bloquear os sinais de dor antes que eles alcancem a medula espinhal e o cérebro. A DRG é particularmente útil para pacientes com dor crônica em áreas específicas do corpo, como membros inferiores, tornozelos e pés (podemos escolher exatamente o local que ele fará mais efeito, tendo assim uma melhor resposta).
Estimulação do nervo periférico (PNS): O eletrodo é implantado perto de um nervo periférico específico, que são os nervos que se estendem do cérebro e da medula espinhal para outras partes do corpo. O dispositivo emite impulsos elétricos que interferem nos sinais de dor que viajam ao longo desse nervo específico, proporcionando alívio da dor. A PNS pode ser útil para pacientes com dor localizada em uma área específica do corpo, como dor no joelho ou dor no ombro, dor da meralgia parestésica. Além disso, ele é menos invasivo e não precisa ser implantado o gerador e a bateria!
Em resumo, existem três tipos principais de eletrodos para estimulação nervosa no tratamento da dor crônica: estimulação medular (SCS), estimulação do gânglio da raiz dorsal (DRG) e estimulação do nervo periférico (PNS). Cada tipo de estimulação tem suas próprias vantagens e é indicado para diferentes condições de dor. Dr. Thomas, por realizar os 3 procedimentos, prefere personalizar o tratamento mais indicado para você.
Os 3 eletrodos não são a mesma coisa, cada um tem sua indicação e melhor uso. Essa indicação vai variar de acordo com o problema que o paciente está enfrentando bem como local da dor que ele está enfrentando.
Sabendo disso, nosso especialista trabalha com os 3 tipos de aparelhos e não tem preferência por marcas. Pois sabemos que cada tipo de eletrodo cabe para diferentes tipos de problemas.
O DRG por exemplo já foi demonstrado por diversos estudos que tem melhor resposta para alívio da Dor Complexa Regional do que o eletrodo medular. Você sabia disso?
O eletrodo PNS de nervo tem boa funcionalidade para dores da meralgia parestésica, dor cluneal, dor por neuroma doloroso.
O eletrodo medular possui cabos que são ligados a um gerador e bateria. Esse cabo e gerador variam de acordo com a marca e modelo do Eletrodo. Podendo ser carregados por um cinto conectado ao corpo (por indução), ou através de um carregador implantado de longa permanência.
O eletrodo DRG também precisa de um implante do gerador e bateria. A vantagem dessa bateria implantada é a comodidade dele funcionar com energia sem ter que ser carregado todos os dias.
O eletrodo de nervo periférico só o pequeno cabo que estimula o nervo é implantado, portanto o paciente não tem o incomodo do implante da bateria. É interessante principalmente por conta de fins estéticos e para pacientes que ficam com dor devido ao implante do gerador. A desvantagem é que para o aparelho funcionar, a antena precisa estar em contato com a pele portanto o paciente precisa levar o acessório consigo. Quer ver como é? Olhe as fotos abaixo!
Se for o DRG (estimulador da raiz) ou o eletrodo medular...
Permanecerão que a imagem mostra acima:
Se for o PNS (estimulador de nervo) somente o cabro com eletrodo. Sem nenhum aparelho maior.
A cirurgia para Implante do Eletrodo acontece da seguinte forma.
Após a cirurgia você estará sobre efeito de medicações para dor. Ligaremos o eletrodo somente no outro dia, com você mais acordado e responsivo para realizar a regulagem do aparelho.
Se utilizarmos o aparelho em uma intensidade muito alta ele causa formigamentos sim. Mas para o alívio da dor não precisamos deixar a intensidade alta, na maioria das vezes não é perceptível o funcionamento do aparelho, exceto pelo alívio da dor.
Dificilmente as dores melhoram totalmente. Os estudos e nossa experiência com o aparelho demonstram uma resposta entre 30 a 80% de alívio da dor.
Paciente com quadro de dor mais intensa, principalmente neuropática são os que mais se beneficiam desse procedimento.
Entenda que cada individuo é único e sua resposta varia de paciente para paciente. Nenhum médico pode dizer com certeza qual a intensidade de suas dores irão melhorar.
As dores que mais respondem ao uso do aparelho são as que provém dos nervos (neuropáticas) sendo assim as que apresentam:
O aparelho, além de ser um método seguro e com baixos índices de complicação, se apresenta como forma de aliviar suas dores refratárias. Mesmo não acabando totalmente com elas, ele pode trazer um alívio, evitando uso de muitas medicações. O foco é tentar melhorar sua qualidade de vida!
Não, caso o paciente não goste do efeito podemos desligar o aparelho. Além disso, caso necessário retirar o aparelho, também é possível através de um novo procedimento.
Sim! Somente a ressonância de 3.0 Tesla (menos utilizada) que não é permitida. Ao realizar o exame é importante ler o manual de instrução do seu eletrodo para coloca-lo em modo ressonância. (válido para os eletrodos o qual utilizamos).
Sim, porém isso não tende a causar transtornos. Você levará sempre consigo um cartão demonstrando que você é um paciente com o eletrodo e os guardas liberam sua passagem. O cartão é inclusive traduzido para aeroportos internacionais.
Dr. Thomas Marcolini (CRM 33811, RQE 26510) é um especialista em Nervos Periféricos. Trata-se de um neurocirurgião com especialidade em problemas ligados aos nervos e a dor neuropática. Portanto, caso tenha interesse em uma avaliação, entre imediatamente em contato conosco nesse link! Caso ainda tenha dúvidas continue lendo o texto abaixo.
Dr. Thomas Marcolini atua no Hospital Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora do Pilar e Hospital Sugisawa. Confiamos no trabalho desses locais. Operamos em outros hospitais em raras excessões.
Os custos da realização desse procedimento envolvem:
Infelizmente uma cirurgia de implante de eletrodo tem um preço elevado. Por tratar-se de uma cirurgia de alto custo, é importante entende-la por completo! Gostaria de realizar sua cirurgia por convênio? Entenda abaixo como é possível.
Sim, quanto o paciente apresenta os critérios abaixo conforme descrito no Ral da ANS:
Atenção: É importante você checar individualmente o contrato com seu plano de saúde para verificar o tipo de cobertura e se você tem direito a procedimento cirúrgicos.
Não, ele veio para somar ao tratamento o qual você está realizando. Após a colocação do eletrodo, você recebe um aparelho para controlar a intensidade do estímulo. Em dias que você irá sair de casa, ou que está mais estressado ou mesmo em dias frios.... Em que você sabe que a dor piora, você poderá subir a intensidade da estimulação.
Em dias em que está com menos dor, poderá baixar a neuroestimulação.
Semelhante a uma medicação, em que você toma continuamente, porém em dias de dor mais intensa, pode tomar outra para auxiliar.
O Dr. Thomas Marcolini opta por ligar o Eletrodo no outro dia após a cirurgia. Pois para regulagem você estará acordado e conseguiremos um melhor resultado.
Regularemos novamente sempre que for preciso. Normalmente algumas semanas após a cirurgia você precisará de uma nova regulagem. Pois com a melhora da inflamação local, ele pode movimentar-se um pouco e necessitará de nova regulagem.
Dependendo da marca e do tipo de aparelho temos variações.
Neuroestimulador com bateria e gerador implantáveis:
Desvantagem: A bateria precisa ser trocada a cada 5-10 anos.
Vantagem: Não precisa ficar recarregando o aparelho.
Neuroestimulador por indução (sem bateria implantável que é o eletrodo de nervo periférico):
Vantagem: Não precisa trocar em nova cirurgia.
Desvantagem: Necessita recarregar o aparelho periodicamente. Porém não existe necessidade de você ficar próximo a tomada. O carregador (já com energia) fica próximo a pele através de um cinto.
Se você de fora de Curitiba, assim como 80% de nossos pacientes, consulte a parte do nosso site que fala sobre as orientações para vir realizar seu tratamento conosco.
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