A principal característica do pé caído é a perda da dorsiflexão do pé. Esse movimento utilizamos para levantar a ponta do pé ao dar um passo. Para substituir esse movimento, o paciente precisa jogar o quadril, levantar o joelho e jogar a perna para frente.
Ela permite que não tropece, que não machuque a ponta dos dedos e da mais segurança quando você tenta caminhar mais rápido ou correr. Perder esse movimento te impede de correr e até caminhar mais rápido. Subir escadas torna-se muito difícil.
A síndrome do pé caído é caracterizada pela incapacidade de flexionar o dorso do pé, e pode ser causado por alguns fatores, que vão desde lesões traumáticas até sequelas de alguma cirurgia.
Existem diversas causas para a síndrome do pé caído, veremos todas abaixo!
A síndrome do pé caído é caracterizada pela incapacidade de flexionar o dorso do pé, e pode ser causado por alguns fatores, que vão desde lesões traumáticas até sequelas de alguma cirurgia.
Pode ser bastante incômodo e diminuir a qualidade de vida do paciente, que tem dificuldade para se locomover e fica arrastando o pé ao caminhar, o que propicia mais chances de acidentes.
Além disso, atletas podem ter a carreira comprometida, dependendo do seu nível de performance e o tempo que levaram para procurar um acompanhamento adequado.
Neste artigo, vamos entender mais sobre a síndrome e os métodos de tratamento.
A lesão de dois nervos distintos pode ocasionar a síndrome do pé caído. Sendo o nervo fibular(peroneal em amarelo na figura acima) e o nervo ciático. Entenda a diferença abaixo!
É a mais comum das duas. É uma neuropatia periférica e pode estar ligadaa traumas ou cirurgias do joelho e a problemas compressivos, que devem ser tratados assim que descobertos.
Esse tipo de lesão, quando grave, causa perda de sensibilidade da face lateral da perna e dorso do pé, além do sintoma mais característico do pé caído, que é a fraqueza no membro e a dificuldade completa em realizar o movimento de dorsiflexão.
O outro tipo é a lesão do nervo ciático ( figura abaixo), que ocorre geralmente após cirurgias relacionadas a patologias da coluna, como a hérnia de disco, e cirurgias no quadril, por exemplo. Nestes casos, o pé caído é observado logo no pós-operatório e segue os mesmos sintomas da lesão fibular, ou seja, fraqueza e impossibilidade de flexionar o dorso do pé. Quando o nervo tibial é afetado em conjunto a fraqueza da flexão do pé e dedos é associada
O diagnóstico é feito com o auxílio de exames de imagens específicos como uma ressonância magnética, ultrassonografia ou eletroneuromiografia de membros inferiores. Assim, será possível identificar se se trata de uma lesão do músculo ou neurológica.
É importante que o exame seja realizado por um profissional radiologista que entenda das lesões de nervos periféricos e tenha interesse em visualizar a extensão do nervo e possível presença de neuromas, perda de continuidade ou boa aparência do nervo.
Se houve uma lesão do nervo fibular é importante descobrir onde foi a lesão.
Acidentes no futebol, torções, fraturas ósseas podem lesionar esse nervo.
Caso o nervo esteja cortado ou apertado, a cirurgia precoce apresenta maior chance de recuperação!
É importante que o tratamento com especialistas em nervos periféricos se inicie tão logo os primeiros sintomas sejam identificados. Assim, as chances de recuperação aumentam consideravelmente.
Contudo, mesmo que algum tempo tenha decorrido desde o início da síndrome, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente. A transferência tendinosa é uma opção de cirurgia tardia para melhorar a dorsiflexão do pé caído.
O nervo lesado pode ser abordado cirurgicamente em casos mais leves e, em situações mais graves, essa abordagem pode se configurar em uma transferência de tendão muscular.
Além do nervo fibular ou peroneal ser responsável pela dorsiflexão do pé, ele inerva os músculos fibulares que fazem eversão(jogam o pé para fora) e dão segurança e estabilidade para caminhar.
Dessa forma, o paciente poderá caminhar com mais segurança de maneira mais anatômica. O mais recomendado é unir o procedimento ao tratamento complementar, com terapia ocupacional especializada nesse tipo de lesão.
Para o diagnóstico e acompanhamento, procure um neurocirurgião especialista em cirurgia de nervos periféricos.
Parte importante do tratamento é a utilização das órteses para o pé caído. Órtese é um material sintético que utilizamos para ajustar a posição do pé.
Ela te ajuda a caminhar sem tropeçar. Evita a retração do calcanhar. Ajuda na reabilitação!
Para pessoas com lesão de nervo fibular, ciático que apresentam indicação médica. Cuidado utilizar a órtese sem indicação pode piorar o seu problema!!
Sim, alguns casos apresentam necessidade de utilizar a órtese inclusive durante o período noturno. Para evitar que o pé permaneça caído durante a noite.
1-Calha órtopédica (AFO) ou suropodálica: Engloba a articulação do tornozelo e pé, pode ser articulada.
2-Órtese de tornozelo pé Spring Leaf: Auxilia como uma mola, auxliando o impulso durante a marcha. É uma boa órtese para quem quer utilizar por dentro do calçado e calça.
3-Órtese Noturna: Pouco estética, ruim para caminhar, utilizada mais em período noturno quando seu médico indica.
Você tem dúvidas quanto a necessidade de utilizar a órtese? Siga lendo o texto e agende uma consulta!
Se você quer saber se o pé caído volta ao normal esse post pode te ser útil para você!
Primeiro de tudo, o que é normal para você? Ficar exatamente como era antes é muito difícil, a não ser que você tenha uma lesão leve.
Caso normal seja melhorar o estado que você está no momento, o tratamento correto pode te ajudar sim!
Como é o tratamento para seu pé caído voltar ao “normal”?
Para melhorar a função do pé ao máximo é necessário verificar a causa da lesão e trata-la.
Por exemplo:
1-Compressão do nervo fibular (descompressão)
2-Compressão de um nervo na coluna(descomprimir)
3-Lesão do nervo ciático
Após já tratado a casa da do pé caído, caso não haja melhora o suficiente, é possível realizar a transferência de um tendão para melhorar a função do pé.
Entenda aqui que voltar ao normal significa estar melhor do que você está no momento. E para isso é necessário o tratamento correto e precoce!!
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Diversas cirurgias podem ser realizadas para fazer com que haja uma melhora do pé caído, dentre elas:
Algumas vezes realizamos mais de uma das abordagens acima, dependendo da gravidade do caso e o tempo em que já ocorreu a lesão!
Essa cirurgia está reservada para casos mais leves, onde o nervo não foi totalmente cortado, existe pouco tempo de lesão e exciste a chance de somente ela resolver o problema.
Nesse caso precisamos retirar a lesão do nervo e reconstruir a passagem de energia através de microcirurgia. Nesse caso trata-se de uma lesão mais grave e provavelmente uma transferência tendinosa será necessária.
Quando acreditamos que a causa do pé caído é mais alta, no quadril por exemplo... Podemos realizar uma abordagem do nervo ciático.
Principalmente se o paciente apresenta dor ou perda importante da sensibilidade.
Nesses casos, normalmente associamos a transferência de tendão em conjunto.
Casos mais grave ou com maior tempo de evolução apresentam pouca chance de melhora somente com a cirurgia do nervo, portanto podemos associado a transferência de tendão para ajudar o paciente a caminhar.
Dentre as vantagens desse procedimento temos...
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